Bad Religion

Ontem cumpri um dos meus sonhos de 16 anos… Ver os Bad Religion ao vivo…

Foi sem dúvida uma das bandas que mais ouvi durante o secundário… tinha mais de 3 Cd`s e muitas cassetas gravadas com diferentes álbuns… passava horas a abanar o capacete ao som de Generator e 21th Century Digital Boy…

Infelizmente nessa altura eles não foram tocar a Portugal… lembro-me de um concerto em Vigo que já não sei porque razão não pude ir…

Quando o Barros me ligou a perguntar se queria ir ver esse concerto a resposta foi óbvia… Era uma oportunidade única de os ver ao vivo.

Tinha só um pequeno se não… é que já não acompanhava a evolução da banda desde que entrei na faculdade… mas certamente que eles iriam tocar umas clássicas para vibrar à força toda…

O Concerto foi num palco inacreditável em Tottenham Court Road… Astoria… com uma zona de plateia reduzida em baixo… e em cima uma grande Tribuna… tudo preto… bares a volta… em qualquer lugar que se estivesse da plateia via-se lindamente.

Nós chegamos mesmo na hora de abertura de portões… e havia muitos miúdos à espera para entrar… sem dúvida que fiquei surpreendido com o público jovem da banda… há que lembrar que o grupo já toca desde o início dos anos 80.

O concerto abriu com uma música que não conhecia… e o moche não tardou em aparecer… consegui ficar na fronteira, descaído para o lado direito, a uns 4, 5 metros do palco.

A segunda começou com uma batida que reconheci logo… 21th CENTURY DIGITAL BOY… saltei logo para cima do Barros… só essa música já justificava a minha presença… e a partir desse momento foi sempre sem parar… no início mais tímidos na fronteira do moche… para acabar lá no meio ao lado de uns bichos de tronco nu que pouco se mexiam mas que limpavam tudo o que neles tocava…

Estava a curtir largo… completamente encharcado de suor não parava de saltar, cantar. O calor era tanto que às vezes sentia dificuldade em respirar no meio dos matulões… nos intervalos das músicas olhava para o tecto e tentava encher os meus pulmões de oxigénio o máximo possível para aguentar a música seguinte. A nossa volta estava tudo louco… cheguei a estar a 2 metros do palco no meio dos empurrões… Em grande.

Parecia que naquela hora e meia de concerto o tempo tinha voltado para traz… tinha de novo 16 anos a vibrar com todas aquelas músicas… ainda sabia as letras quase todas… um sonho realizado.

O meu Lindo aspecto depois do concerto

YORK

O fim-de-semana à interrail arrancou com uma ressaca tremenda…

As primeiras voltas à cidade foram dadas sem parar… sem precisar o que estava a ver… apenas um divagar pela cidade. Sabia que tinha muito tempo para realizar a visita por isso não me preocupei e simplesmente continuei a andar…

Ao final da tarde estava exausto e tive a sábia ideia de ir descansar para o hostel.

No quarto conheci um Americano e um Belga (Brandon e Kevin) que também estavam a viajar sozinhos… Fomos para o bar beber uns pints e acabamos por ir jantar à cidade onde depois fomos a um Pub beber mais umas cervejas. Eles eram fixes mas muito diferentes de mim… foi agradável para se ter diferentes perspectivas das coisas.

No sábado comecei verdadeiramente a minha visita a York. Durante a manhã fiz uma visita guiada pelos principais pontos da cidade. Foi interessante mas acho que tive um pouco de azar com o guia… um mestre da “Minster” que me explicou tudo sobre os vitrais da catedral mas que não desenvolveu muito às inúmeras batalhas que as muralhas disputaram.

Depois de 3 horas de Tour fui ver o passado Viking da região ao Jovik (Nome Viking da cidade de Yorl) e o Clifford`s Tower… a torre que esta estrategicamente situada junto a junção de dois rios.

Clifford`s Tower

York é uma cidade que têm influências de várias civilizações… Romana, Viking, Anglo Saxónica… sendo bastante interessante analisar por exemplo as muralhas e verificar a presença de todas as civilizações. Tem também várias ruínas muito interessantes e um centro da cidade magnifico, com ruas de tempos medievais onde destaco “Shambles” com casas tortas e únicas.

Ao final da tarde voltei ao hostel para encontrar algumas pessoas. Conheci uma Australiana viciada em Harry Potter… e pouco depois chegaram o Brandon e o Kevin. Tivemos um boacado à conversa mas o ambiente estava muito morno.

Até que recebi um telefonema do Nuno Martins C8 que estava em York a visitar uns amigos. Fui ter com ele e com a Nina (Suiça), Catarina e Felipe (amigos de Portugal) e passamos uma noite muito agradável…. jantamos lindamente num restaurante italiano para depois uma ida a um bar para mais momentos de confraternização. Já cansado e com o olho a fechar voltei depois para o hostel.

No domingo aproveitei para ir conhecer por dentro a “Minster” e mais uns museus. A meio da tarde fui ter com o grupo do Nuno e passamos umas boas horas relaxados… a ver um filme, a beber vinho e a conversar. Soube muito bem estar tranquilo com boa companhia.

Na segunda aproveitei para deambular mais um bocado pelas muralhas e pelo bonito centro. Depois do almoço fui para um parque muito bonito à beira rio e com ruínas fantásticas durante a hora da siesta… antes do regresso a Londres.

Aniversário

Este ano foi a primeira vez que passei o meu aniversário fora de Portugal. No interrail cheguei a passar a meia-noite num comboio algures em Espanha… mas de manhã tinha o meu pai e irmã com um abraço à espera na estação.

Normalmente passo o dia de anos em Cerveira com a família e amigos. Sempre em festa, e com noitada até as tantas… Acho que é por isso que adoro fazer anos… porque convivo sempre com as pessoas que mais gosto.

Este ano foi um bocado diferente mas muito gratificante…

Primeiro começou com uma jantarada em Londres com Amigos que conheci através do Contacto. São os meus grandes companheiros de aventuras deste ano e foi um prazer ter passado a meia-noite em excelente companhia. Claro que a noite envolveu noitada… muitos copos e até “beijos em família”.

O dia foi sem dúvida bastante diferente. Peguei na mochila e com espírito interrail parti rumo a York para conhecer uma cidade com muita História. Mas sem dúvida que o melhor do dia foram todos os telefonemas, sms, e-mails que recebi… que nunca me deixaram sentir sozinho.

Para o ano não sei onde é que estarei… o futuro é um espaço por definir… mas tenho a certeza que nesse dia estarei com um belo sorriso.

BATH

O destino este fim-de-semana foi a cidade turística de Bath. Bath fica no sudoeste inglês… muito perto de Bristol. É muito cidade românica muito conhecida por causa dos banhos e da sua pedra… todos os edifícios da cidade (incluindo a Catedral) são construídos com essa pedra branca e lisa… a vista sobre a cidade é simplesmente inacreditável.

fotografia da praxe no Royal Crescent

Juntamente com o Faro, Lei e Veiga parti na aventura… a moral do grupo estava em alta… e nem o facto de termos perdido a estrada correcta e de termos andado 30 minutos à procura de um parque de estacionamento perturbou a moral.

Chegamos um bocado tarde… fizemos o Check In no Backpackers e fomos para a noite… já era 1 da manhã e já não se via muitas pessoas no rua… meios desorientados confiamos num taxista para nos levar a um sítio que desse para beber uns copos e comer qualquer coisa… e só vos digo que pelo menos deu para rir… deve ter sido o pior sítio que já vi na minha vida… elas eram simplesmente horríveis… velhas… vimos um sacanso de uns velhos indescritível… ainda nos rimos bastante…

No dia seguinte começamos logo com um tour grátis pela cidade. A caminhada de duas horas foi excelente para percebermos a evolução da cidade… e alguns detalhes muito interessantes.

Depois fizemos uma pausa para almoçar… e ai começou a “noite”… depois do almoço fizemos um rally das tascas… estávamos com grande andamento… jantamos num restaurante espanhol e pimba mais sangria… a paella também estava boa… e acabamos a noite num Club com muito andamento… Foi simplesmente em grande... foi sem dúvida a noite que mais me diverti em Inglaterra… uma noite “temática” com meninas bonitas, "Gordinhas" e muito boa disposição…

O acordar foi seguido de uma bela caminhada de 2 horas pelos arredores de Bath… e que mesmo assim não foi suficiente para iniciar a ressaca… O pequeno-almoço virado para a Catedral teve muito nível… e para acabar a visita aos Banhos Romanos… Impecável.

Sem dúvida que Bath vai ficar bem marcado nas minhas recordações.

O grupo que esteve o fim de semana sempre a curtir

Twickenham

Este fim-de-semana fui ao grande palco do Rugby Inglês, Twickenham, ver um torneio de Sevens com a companhia do Veiga, Faro e Artur. O torneio é considerado o melhor torneio de Sevens de Verão e nele constam as melhores equipas de Inglaterra.

No comboio já se sentia o ambiente especial do evento… mas foi cá fora que vimos a sua verdadeira dimensão… um mar de gente a caminhar na mesma direcção… nós deixamo-nos levar pela corrente. No caminho grupos de Ingleses a carregarem paletes de Cerveja… ainda pensamos em comprar algumas… mas quando chegamos a porta de entrada verificamos que era impossível levar bebidas para o recinto… por isso via-se muitas pessoas encostadas nos passeios a beberem todo o seu stock.

Quando entramos o estádio ainda estava muito vazio (já sabem a razão) … mas com o começar dos jogos a moldura humana foi-se compondo…

No primeiro jogo vimos o British Army dominar o desafio… não deixando a outra equipa respirar…

De modo a tornar o jogo mais aliciante criamos um círculo de apostas… onde cada um apostava uma libra nas equipas que achava que iam vencer o torneio… desta forma passamos a viver os jogos de uma forma mais intensa… O Veiga e o Artur, mais experientes, iam fazendo múltiplas apostas… quem marca o primeiro ensaio? O pontapé vai aos postes? Quem será o vencedor da partida?

As minhas primeiras aposta foram para Bath, por ser a próxima cidade a visitar, e Sales Sharks, a única equipa que tinha um nome relacionado com o mar. Aos poucos fui entrando no espírito e fazendo umas apostas com o Veiga…

O jogo em si acaba por ser muito diferente do jogo de Rugby normal. Como há menos jogadores num terreno com as mesmas dimensões os espaços são muito maiores. A defesa não ataca logo o homem que tem a bola, tendo que defender mais a zona de forma a ocupar melhor todos os espaços… e sem dúvida que são os jogadores mais rápidos que se destacam… a furar as linhas defensivas rumo aos ensaios. Os pontapés aos postes também são diferentes… a bola em vez de ser colocada no solo é chutada com a mão… aspecto que foi determinante no final do dia…

As “minhas” equipas (as duas de azul e branco… apostei sem saber as cores é claro… primeira e última vez que faço uma apostas destas) não tiveram grandes resultados… Os Sharks caíram logo no primeiro jogo, Bath perdeu na segunda eliminatória em jogo muito disputado… As 3 equipas do Veiga perderam logo à primeira… o Faro perdeu os Tigers na meia final… e sem dúvida que a melhor aposta foi a do Artur – Gloucester – os grandes campeões da noite.

O grande momento do dia foi sem duvida uma pequena aposta que o Veiga propôs num pontapé aos postes… 1-10. O chuto era encostado a linha e ninguém tinha até ao momento ficado perto dos postes em situações idênticas… eu convicto que ia receber mais £1 aceitei o desafio… bem que me custou ir a carteira e sacar da nota… Sinceramente não sei se ele e muito mijão ou se sou eu que sou muito azarado.

China White

Este fim-de-semana não parei… até chegou a parecer que foi mais longo…

A verdade é que ele começou na Quinta-feira com uma ida ao Chicago Rock com o Stuart e o Mike (House Mates). Apesar de vivermos 6 pessoas na mesma casa é raro estarmos todos juntos (nem sei se já alguma vez tivemos). Nessa noite quase que acontecia… A Emily, que também foi ao mesmo bar, já tinha chegado… e o Stefan entrou poucos minutos depois… só faltou mesmo a Dawn para a festa “em família”.

No Sexta fiquei em Chichester e fui a uns Pubs com a Dawn e uns amigos. Acabei por dar a voltinha habitual… uma passagem pelo Lloyds para a acabar no Thursdays.

Sábado acordei um bocado ressacado por isso optei por ir para Londres mais cedo em vez de dar uma voltinha de bicicleta. Em Londres a família Barros recebeu-me com almoço na mesa… e uma cervejinha geladinha… não pude dizer que não…

A tarde foi passada no café Estrela a matar finos e a comer uns petiscos (Polvo com molho verde, Petinga, Moelas, Chouriço, Calamares e Pica Pau). Acabou por ser uma solução de recurso… o previsto era ver ao vivo o Tottenham contra o Porto… mas não podia ter sabido melhor… até o sol apareceu… só faltou mesmo a vista para o mar para que fosse perfeito.

A noite começou com uma festinha de despedida da Joana C7. A Joana teve a estagiar na valsan o ano passado… e por incrível que pareça ainda não nos tínhamos conhecido. Fiquei com pena de não ter convivido mais com ela durante estes meses… é uma pessoa super divertida que contagia qualquer ambiente. Depois de reunir todas as pessoas partimos rumo a Piccadilly. Antes de irmos para o China White passamos pelo Madame Jojo`s no Soho. Mas sem duvida que o China White é que se revelou o grande palco da noite. O grupo estava muito divertido e o ambiente ao nosso redor era muito muito bom. Dizem que é um Club frequentado por pessoas famosas… sinceramente não reconheci ninguém… mas elas eram todas muito engraçadas e estavam muito bem arranjadas. Já sentia falta de uma noite com um nível diferente.

Domingo tinha programado ir a um Pub ver Chelsea – Arsenal. Uma tarefa muito difícil mas que juntamente com o Barros foi cumprida. Os primeiros goles foram estranhos… mas demos conta do recado… 2 horas para beber 1 Pint… é sem duvida o meu record absoluto.

Glorious Goodwood

Este fim-de-semana recebi a visita do contacteante Nuno Faro. A “desculpa” foi uma das mais conceituadas corridas de cavalos do circuito europeu “Glorious Goodwood”. Goodwood fica a 5 milhas de Chichester no início dos South Downs. Tem uma vista fantástica… de um dos lados a grande planície onde vemos inclusive o mar, e do outro os montes verdinhos dos Downs.

Fomos em grande para o evento… “convidados” por um colega do trabalho fomos para a melhor zona (Richmond Enclosure) com traje a condizer (fatinho e gravata). As mulheres iam todas de vestido cumprido e de chapéu… muito giro… num ambiente cinematográfico a maioria das pessoas ficavam nos bares a beber Champanhe enquanto preparavam as suas apostas.

Chegamos mesmo antes da primeira corrida… o que foi pena… apesar de termos visto a prova não efectuamos apostas… e logo na grande corrida do dia. Mesmo assim vibramos com o desempenho de Vale de Lobo… o Speaker gritou tanto o seu nome que chegamos a ficar frustrados… com aquele nome era de certeza a nossa aposta… mas afinal até nem correu mal… o cavalo teve uma boa ponta final mas não chegou a ficar sequer nas primeiras posições.

Depois fomos tentar perceber como é que se faziam as apostas para podermos entrar no espírito. Faltavam 6 provas e não queríamos perder nenhuma… Com a ajuda da cerveja lá escolhi o meu primeiro cavalo… numa corrida emotiva acabou por ficar em 4 lugar.

Na quarta prova ficamos mesmo em frente à meta… o Nuno, jogador, apostou em dois cavalos… eu continuei com as minhas apostas de 2£ convicto de que iria ganhar. Foi sem duvida uma das corridas mais emocionantes onde foi difícil ver o vencedor… O Nuno estava expectante porque uma das suas apostas tinha feito um notável sprint final sendo um dos possíveis vencedores…and the winner is… fez-se silêncio - Gift Horse – e o grande sorriso do Nuno não enganava ninguém…Para variar a minha aposta tinha ficado na Quarta posição…

Entre as corridas fomos conhecendo as diferentes zonas do circuito… Havia uma parte muito gira onde os cavalos se apresentavam ao público antes da corrida… aí vi um lindo cavalo muito irreverente… numero 4, julgava eu ser o meu numero da sorte… e pronto, mais uma aposta decidida… fomos ver essa corrida para Gordon Enclosure, uma zona intermédia onde não existia o mesmo luxo mas onde se via mais jovens. Apesar da boa prestação a minha aposta não ganhou.

Das 7 corridas apostei 2£ em 5… saldo final –10£. Deu para sentir todo o espírito que envolve este tipo de eventos… os gritos do publico quando as suas apostas estão a chegar a meta, a vida social nos bares enquanto aguardam pela próxima corrida… sem dúvida uma experiência muito nivel.

À chegada a meta o grande momento...

(O Nuno tinha apostado no de Azul e Branco)

And the winner is ... Nuno Faro

Apresentação dos cavalos ao público.

A minha aposta foi para o número 4 (segundo cavalo).